terça-feira, 16 de outubro de 2012


495 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE (1517 – 2012).



OS CINCO "SOLAS" DA REFORMA
A reforma do século XVI foi uma volta à doutrina dos apóstolos e não uma inovação. Ela pode ser sintetizada em cinco "solas":
1) Sola Scriptura (Gálatas 1:6-9). “Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir.” “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.”
2) Sola fide (Só a Fé) (Hebreus 11:1,6). “Fé é uma firme confiança nas promessas de Deus que por elas eu morreria mil vezes” (Lutero).
3) Sola Gratia. (Rm 9:15-16; Ef 2:1-10). “a graça de Deus, uma vez que seus desígnios não podem mudar, é tão impossível de ser perdida por aqueles a quem Ele a concedeu como é inatingível para aqueles aos quais Ele a negou” (Max Weber).                                                                                                                                       
4) Solus Christus (Atos 4:12; 1ª Timóteo 2:5). “Solo Christo” (Só Cristo) significa “Por Cristo somente”. Era uma expressão usada pelos reformadores para declarar que só se é possível receber a salvação de Deus através da mediação do Filho de Deus, Jesus Cristo. Com a declaração Somente Cristo, Lutero quis colocar Cristo no centro da existência humana... 
5) Soli Deo gloria (Só a Deus dai gloria). Afirma a doutrina bíblica de que a salvação é uma obra exclusivamente de Deus. Em seus eternos e sapientíssimo conselho realizou para sua glória. Por isso Ele é digno de todo o nosso louvor, honra e glória. A Deus pertence a salvação. (Jonas 2:9). Rev. Misael Ferreira de Oliveira

domingo, 14 de outubro de 2012

"Uso e Significado da Palavra “Amém” "



Colaboração do irmão Rev. João Alves dos Santos.
Foi meu professor no Centro Presbiteriana de Pós-Graduação Andrew Jumper – SP – No módulo: “Introdução a Teologia de João Calvino” do Curso Mestrado em Divindade - Magister Divinitatis (M.Div) com ênfase em Plantação de Igreja e Missões Urbanas.



“Amém” é uma palavra hebraica que significa “verdadeiramente”. Ela é derivada de um verbo que significa “ser firme” ou “ser verdadeiro”. É usada duas vezes em Isaías 65.16 para referir-se a Deus como “o Deus da verdade”, como é traduzido em nossas versões, o que equivale a “o Deus verdadeiro”. No hebraico, a expressão é o “Deus do Amém”. O mesmo uso é encontrado no Novo Testamento, em 2Coríntios 1.20, quando Paulo diz: “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio”.
A palavra foi transliterada para o grego, assim como para as demais línguas em que a Bíblia foi traduzida, tornando-se, assim, um termo universal. É por isso que a temos igualmente em português. Ela é usada na Bíblia também como modo de expressar um desejo, confirmar uma afirmação, aceitar a validade de uma maldição, fazer um juramento ou ainda para juntar-se a alguém em um cântico de louvor ou doxologia. Em Jeremias 28.5-6, o profeta responde ao outro profeta Hananias com um “Amém”, expressando seu desejo de que a profecia proferida por este se cumprisse. Ele diz: “Amém! Assim faça o SENHOR; confirme o SENHOR as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do SENHOR e todos os exilados”. Em Números 5.20-22, a mulher que fosse acusada de adultério por um marido ciumento deveria responder com um duplo “amém” ao juramento de maldição que o sacerdote proferia, para concordar com esse juramento. Em Deuteronômio 27.15-26, o povo deveria responder com um “Amém” às maldições que eram invocadas pelos levitas para aquele que cometesse práticas contrárias à lei e abomináveis ao Senhor. Há ali doze maldições a que o povo deveria responder com o “Amém”. Em Neemias 5.1-13, Neemias repreende os nobres e magistrados pela prática da usura contra os seus irmãos judeus e os faz prometer que devolveriam aquilo que injustamente haviam tomado deles. Essa promessa foi feita com juramento e uma sentença de maldição ao que não a cumprisse, e todo o povo respondeu com um “Amém”. Foi também assim que Jeremias respondeu a Deus quando este invocou uma maldição sobre aqueles que não cumprissem a aliança estabelecida com seus pais, desde a saída do Egito. E Jeremias disse: “Amém, ó Senhor” (Jr 11.5).
O “Amém” era também o modo como o povo respondia às orações e louvores dirigidos a Deus ou às bênçãos invocadas sobre ele pelos seus líderes, como vemos em Nemias 8.6 e 1Crônicas 16.36, ou como o próprio adorador concluía a sua oração ou o seu louvor, como nos Salmos 41.13; 72.19 e 89.52.
O mesmo uso da palavra encontramos no Novo Testamento. O Senhor Jesus é chamado de “Amém” e “testemunha fiel e verdadeira”, em Apocalipse 3.14, em consonância com o uso de “Amém” como um dos títulos de Deus no Antigo Testamento, como vimos em Isaías 65.16. A palavra “verdade”, encontrada em João 1.14,17 e 14.6, em referência a Jesus, vem da mesma raiz da palavra “amém”. Por esta razão ele podia usar, como usou freqüentemente, a expressão “em verdade vos digo”, às vezes com um duplo “em verdade”, antes de suas afirmações, pois ele é a verdade e o seu testemunho é verdadeiro (João 3.3,5,11; 10.1, etc.). Em grego essa expressão é “Amém, amém”.
Da mesma forma como no Antigo Testamento, a Igreja Cristã, nos dias dos apóstolos, costumava responder às orações congregacionais com um “amém”, como ainda fazemos hoje. É por isso que Paulo condena em 1Coríntios 14.14-16 os que oravam em outra língua e impediam aqueles que não a entendiam (que ele chama de indoutos) de dizer o “amém” depois da oração.
É com o “Amém” que as orações, as doxologias e as bênçãos que encontramos nas epístolas terminam. Também é com o “Amém” que encontramos os anjos louvando a Deus em Apocalipse 7.11-12: “Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!” . Também é assim que os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes louvam e adoram a Deus, nesse mesmo livro, dizendo: “Amém! Aleluia!” (Ap 19.4). E é com o “Amém” que o livro de Apocalipse se encerra, com a promessa de Jesus, “Certamente, venho sem demora”, ao que João responde “Amém. Vem Senhor Jesus!” (Ap 22.20).
“Amém”, portanto, é uma das palavras mais significativas da nossa fé cristã. Devemos usá-la como expressão de nossa obediência a Deus e às suas ordens, como modo de revelar nossa submissão e aceitação à sua disciplina, quando necessário, e como manifestação do nosso desejo de ver a sua vontade sendo feita e o seu reino sendo conhecido em todo o mundo. Não é uma palavra para ser usada de modo mecânico ou inconseqüente, como muitas vezes acontece, sem que se tome consciência do que ela significa ou do que se está dizendo. Não é apenas uma fórmula para alguém se manifestar durante as orações ou para terminá-las ou para encerrarmos o culto. É mais do que isso. É, muitas vezes, um juramento que fazemos a Deus de obedecer a sua palavra, quando a ouvimos, ou a afirmação de que concordamos com aquilo que está sendo dito, por Deus ou por alguém que nos fala em seu nome, ou por alguém que nos conduz a ele em oração. Ao cantarmos o “amém tríplice”, no final do culto, estamos dizendo que concordamos com tudo o que aconteceu ali, com o louvor do qual participamos, com as orações que elevamos a Deus e com a mensagem que recebemos da parte do Senhor, e ainda estamos afirmando estar dispostos a cumprir o que nos foi ordenado e o que prometemos durante o culto. É, portanto, coisa séria, pois ao dizer “Amém” nós estamos invocando o próprio nome de Deus.
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O Rev. João Alves dos Santos é professor Assistente de Teologia Exegética (NT) e Coordenador de Educação a Distância da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP. Professor Residente do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper – SP. É graduado em teologia pelo Seminário Presbiteriano Conservador (B.Th., 1963); mestre em Divindade e em Teologia do AT pelo Faith Theological Seminary (M.Div., 1973, e Th.M., 1974) e mestre em Teologia do NT pelo Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição (Th.M., 1985). É também graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Bauru, SP (1969) e em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Prof. José A. Vieira, em Machado, MG (1981). Foi professor de Grego e Exegese do NT no Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição (1980-2004) e professor de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano Conservador (1974 -2004). Foi também professor de Grego e Exegese do NT no Seminário Presbiteriano do Sul(1980 a 1986) e o primeiro coordenador do CPAJ (1991). É ministro da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil e membro do corpo editorial da revista Fides Reformata

Vida Influenciando Vida. Um pastor a procura de campo




            Uma certa igreja estava precisando de pastor. O conselho recebeu a seguinte carta.
            “Sabendo que o púlpito dessa igreja está vago, gostaria de me candidatar ao cargo. Tenho muitas qualificações que, segundo penso, irão apreciar. Tenho sido abençoado com poder na pregação e tenho tido bastante êxito como escritor. Alguns dizem que sou bom administrados.
            Algumas pessoas, contudo, têm coisas contra mim. Por exemplo: tenho 50 anos de idade, nunca fiquei mais de 3 anos no mesmo lugar. Em alguns casos tive de abandonar a cidade porque a obra causou tumulto e distúrbio. Tenho que admitir que estive na cadeia três ou quatro vezes, mas não por más ações.
            Minha saúde não é boa, embora eu ainda consiga trabalhar. Tenho exercido minha profissão para pagar as minhas despesas. Eu não tenho tido muita comunhão com os presbíteros das diversas igrejas por onde tenho passado.
            Eu não sou muito bom para manter arquivos e registros. Muitos sabem que até já me esqueci quem foi que batizei; todavia, se os senhores quiserem me aceitar, eu me esforçarei ao máximo para dar conta do recado”.
            O documento, lido e discutido, levou o conselho à seguinte decisão: que não era bom, para pastorear a igreja, um homem enfermo, contencioso, turbulento e além de tudo ex-presidiário.
            O secretário, no final, leu o nome do candidato: Apóstolo Paulo.
            E o que você faria?
            ___________________
William Carey (1761-1834)
Um missionário a ser lembrado
Inglaterra, século XVIII. Um sapateiro e pregador leigo chamado William Carey

Para refletir:
          Nesta situação, o que você faria na condição de Presbítero Regente ou Docente?
            Você quer saber quantos amigos você tem? Faça uma festa.
            Agora você quer saber a qualidade dos amigos que você tem? Fique doente.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012


A natureza inerente de um verdadeiro missionário: “João Knox orava assim pela igreja e pela nação escocesa; “Oh, Deus! Dá-me a Escócia, se não eu morro!” 
Quantas vezes você orou assim? Quantas vezes você intercedeu junto à cruz de Cristo pelo pecador? Quantas vezes você orou como João Knox ou como Moisés? “Ó Senhor, por que ficaste assim tão irado com o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e força?... Por favor, perdoa o pecado deles! Porém, se não quiseres perdoar, então tira o meu nome do teu livro, onde escreveste os nomes dos que são teus! (Êx 32:11,33). Há propósito: você é um missionário? 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

UMA ELEIÇÃO QUE MARCOU PARA SEMPRE A HISTÓRIA DA HUMANIDADE! (Lucas 23:13-18)


Candidatos: Jesus X Barrabás
Apresentação dos candidatos:
*BARRABÁS:
De genealogia pouco conhecida, homem provocador de distúrbios públicos... Condenado e preso por anarquismo, insurreição e assassínio... Prisioneiro notável pela negativa (o próprio Mateus no seu livro afirma que ele era bem conhecido de todos (pela má reputação) - Mateus 27:16). Ele pode ter sido chefe dos militantes judeus que queriam derrubar à força o jugo de Roma.
*JESUS:
Filho de Maria e José. Criticado não poucas vezes por condenar a injustiça, a opressão, a desigualdade social e o pecado dos seus compatriotas;
Homem simples, que angariava amizade principalmente das pessoas menos favorecidas da sociedade de então. O Profeta que não foi bem-vindo na sua terra natal... Um homem preocupado em transmitir coragem, ânimo aos outros (as bem-aventuranças deixam transparecer isso claramente!).
Filho de Deus; o ‘Logos’ eterno!
Aquele que veio com uma missão clara de salvar a humanidade!
O resultado daquela eleição é bem conhecido de todos. Barrabás foi escolhido por unanimidade!
Surge a pergunta mais uma vez para cada um de nós: O que fez o povo escolher a crucificação de Jesus e não a sua libertação?
Cremos que o desígnio de Deus prevaleceu! Seus decretos sapientíssimos são irrevogáveis!
Entretanto, é triste notar que ainda hoje Jesus é rejeitado por muitos como se fosse alguém de quem não precisamos!
Se você estivesse no meio daquela multidão, qual seria a sua escolha: Jesus ou Barrabás?
E hoje, você escolheria Jesus?
Cabe a cada um de nós fazer a escolha certa. A soberania de Deus não anula a nossa responsabilidade!
Você já escolheu seguir a Cristo ou ainda está no grupo dos que não querem nada com Ele?
Neste período de eleições, e neste domingo de ‘comunhão’, Jesus precisa conhecer a sua resposta!
Um dos nossos hinos proclama (Nº. 270): Morri, morri, na Cruz por ti,  Que fazes tu por Mim?
Como alguém disse: Dê uma resposta e basta! Rev. Misael